A casa não está mais lá. Em seu lugar, um novo prédio habitado por outra família. Mas, para nós, descendentes de Avelino e Aliny Silveira, o casalzinho amoroso da Rua 7 e do fusquinha azul turquesa, ela continua de pé em nossas doces lembranças.
Neste último sábado, contrariando as previsões de Cleo Kuhn, num dia lindo de sol e temperatura agradável, aconteceu o encontro da família Silveira para lançar o livro Histórias de Nossa História. A ideia da Liège Alves, uma das netas, que é editora da Essência, de Porto Alegre, foi logo abraçada pelos familiares, que se empenharam em escrever textos, contando as vivências naquela casa onde todos eram carinhosamente acolhidos e tratados com mordomias.
O planejamento começou há pouco mais de três anos, antes de perdermos nossas queridas Maria Augusta e Doroty, que ainda escreveram seus depoimentos. Durante a pandemia, o andamento constou de uma minioficina literária virtual, promovida pela Liège, para capacitar os novos escritores. Aos poucos, foram selecionados os textos, o livro foi sendo montado, revisado e depois ilustrado por João Geraldo Silveira, um expert nessa arte. E em outras, como a música, a fotografia… Os computadores dos participantes nunca estiveram tão ocupados nesse leva e traz dos textos e das idéias trocadas.
Finalmente o grande dia chegou. O encontro foi perfeito. Não faltaram espaço – oferecido gentilmente pela Marilene Chaves, na sua fazenda da Pitangueira – frios, tortas, chás e refrigerantes nas mesas lindamente decoradas pela Luca e sua filha Maurília, as mesas com jasminzinhos – a flor-símbolo da união de Quita e Avelino e dos cafés da tarde com filhos e netos – e algumas fotos antigas dos familiares, e aquele clima de carinho e amizade que nos une a todos.
A paisagem não podia ser mais linda. As serras dos arredores, os campos e as coxilhas vistas bem de perto, o açude de águas cristalinas… E o principal: os grupos de pais, filhos e netos de cada família, em torno da piscina, sendo apresentados à obra Histórias de nossa História na ocasião dos autógrafos foram o cenário principal, na demonstração de amizade e emoção pelas lembranças evocadas. Mas, breve, muito breve, irei lançar o meu livro, escrito durante a pandemia, em ocasião especial a ser divulgada.
Peço desculpas aos leitores por essa demonstração de alegria pela conclusão de um projeto executado com tanto carinho, que nos uniu ainda mais pelas lembranças de uma vida compartilhada em torno de quem nos trouxe à vida.