Entre tantas atitudes e demonstrações de amor de Jesus em relação às pessoas, me chama atenção o amor que Ele tinha para com as crianças, os pequeninos. Jesus nunca escondeu sua predileção pelas crianças e por todas as classes de pessoas que elas representavam: os pobres, os marginalizados, os humildes.

Quanto às crianças, que não tinham muita importância na sociedade da época de Jesus, Ele as abraçava, as abençoava, impondo as mãos sobre elas. Jesus sabia muito bem que esses pequeninos estavam livres de qualquer tipo de preconceitos. Com efeito, não eram as crianças que apertavam o cerco contra Jesus para fazê-lo cair em contradição. Eram os chefes do povo. Esses é que, armados de malícia e mordidos de inveja, empurravam Jesus para um final trágico, em Jerusalém.

Se observarmos atentamente, vamos perceber que as crianças, em todos os tempos e lugares, gozam de uma autêntica liberdade interior. Sorriem ou choram quando bem entendem; alegram-se ou ficam indiferentes diante do novo brinquedo. Por isso, Jesus dedica tempo e ternura a esses pequeninos. Se forem bem educados e preparados para a vida, além de serem felizes, poderão trazer enormes benefícios para toda a sociedade.

Falando em dar atenção às crianças, na trilha de Jesus, emcontra-se nosso querido papa Francisco, que vem testemunhando ao mundo acentuada sensibilidade para com os enfermos, pobres e, naturalmente, para com as crianças.

No dia 03 de junho de 2013, no final da santa missa por ocasião do cinquentenário de falecimento do papa São João XXIII, Francisco saudou os fiéis na praça São Pedro, beijando e dando a bênção a muitas crianças, conforme é seu costume. No momento de encontro com a pequena Alice Maria Rocca, o papa recebeu de suas mãozinhas uma carta que ela tinha escrito com ajuda da vovó. No texto, a criança pedia uma bênção para si, para a sua família e para os amigos da escolinha.

Poucos dias depois, uma inesperada novidade para a família Rocca: na caixa de correio, um envelope com o selo da Secretaria do Estado do Vaticano continha a resposta do papa Francisco: “O Santo Padre agradece pela sua dedicada lembrança, e pede a intercessão celeste do beato João XXIII para que você possa crescer serena e feliz na amizade com Jesus. Ele também pede que você reze por ele e lhe concede de coração a bênção apostólica, bem como a seus pais, à sua vovó e a todos seus entes queridos, com uma saudação especial aos amigos e aos professores da sua escolinha”.

As crianças são o Evangelho vivo para todas as idades. Com razão, Jesus recomendava: “Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele!” Que os exemplos de Jesus e de nosso querido papa Francisco nos incentivem a olhar com mais atenção e amor às crianças e aos pequeninos.