Nesta semana, comemoramos datas bem importantes. Elas são criadas para que não passem despercebidos certos fatos essenciais à vida das comunidades. Para que lembrem profissões ou entidades que garantem a sobrevivência dos cidadãos. Como o dia 25 de julho, dedicado aos agricultores e aos motoristas. Aqueles que produzem nossos alimentos, e esses que os transportam para perto de nós. Profissões essenciais para a vida das cidades.

Nunca será demais falar de seu trabalho nada fácil nas lavouras e estradas de nosso país. Os entraves que dificultam as tarefas, estradas ruins, alta dos insumos agrícolas, intempéries…

Também tivemos o dia de homenagear os Avós e os Idosos. Apesar de que nem todos os avós são idosos. Conheço vovós bem jovens, que não se cansam de cuidar dos netos. De ensinar-lhes as lições básicas da vida. Dando-lhes o exemplo das atitudes corretas e voltando a ser criança com eles nas brincadeiras infantis.

Mas são os avós de mais idade que bem representam nossas raízes e preservam a memória de um povo. Sua experiência é um fator importantíssimo na educação dos jovens. E a sabedoria que adquiriram em suas vivências não podem ser ignoradas pelos intelectuais de nossas Universidades. O vovozinho do campo sabe tão bem ou melhor do que os sistemas meteorológicos quando vai chover; que fase da lua favorece esse ou aquele plantio. As vovós, com seus emplastros e xaropes caseiros, curam muitos males dos netinhos, que muitas vezes só precisam de atenção e carinho.

Pobres pais dos tempos modernos! As dificuldades para sustentar a família tiram-lhes muito tempo para ficarem em casa. Se não fossem os avós!

Nos momentos de dor pela perda de nossa irmã Doty, tivemos oportunidade de reencontros familiares preciosos. Lembramos tanta gente querida, pais, irmãs, tios, avós, primos… E concluímos que somos aquilo que eles nos transmitiram com seu amor e exemplo de vida. Cada um de nós se identificou com esse ou aquele ancestral. Até nas manias e defeitos. Mas, no balanço final, demos graças por suas virtudes de cidadãos, membros responsáveis de suas famílias, de um país e do mundo. De fazer-nos entender que somos parte deste mundo, e responsáveis por tudo que nele acontece.

Vovó Joana (nossa bisavó), confinada voluntariamente em seu quarto escuro desde que perdera grande parte de seus filhos – ela tivera 21 – sempre oferecia rosquinhas e outros petiscos feitos por ela para seus netinhos, órfãos da filha Maria Augusta, que nossa mãe não chegou a conhecer. Deve ter herdado, nessas visitas, o jeito carinhoso de educar-nos e tratar dos netos e bisnetos, que não se esquecem de como brincava com eles.

Santa Ana e São Joaquim foram os bem-aventurados avós do Menino Jesus. Que eles nos abençoem.