O tal “rombo” das contas públicas
Um dos grandes objetivos da equipe econômica do atual governo é zerar, já para 2024, o déficit das contas públicas do Brasil. Ou seja, eles estão tentando fazer o país parar de gastar mais do que arrecada.
Em 2023, de janeiro a julho, o país acumulou um déficit primário (uma “conta no vermelho”) de R$ 78 bilhões. Ainda, segundo estimativas preliminares do IPEA, em agosto, esta conta negativa fecha em torno de R$ 102 bilhões.
Para o ano que vem, a perspectiva é parecida: para pagar tudo o que está no Orçamento 2024 apresentado pelo governo, a arrecadação precisaria crescer – em termos reais – aproximadamente R$ 168 bilhões.
Despesas em queda em agosto
A queda nas receitas federais no mês passado encontra alguma compensação na queda, em paralelo, das despesas.
Segundo estimativas preliminares do IPEA, a despesa total do governo central, em agosto de 2023, seria 18,9% menor (em termos reais) do que a de agosto de 2022.
Segundo o mesmo estudo, no acumulado de janeiro a agosto, as despesas de 2023 ainda são 4,5% maiores do que as do ano passado, porque quase todos os demais meses do ano atual foram marcados por aumentos de gastos.