As reflexões do Dia de Finados

Vamos lembrar, com amor e verdade, das pessoas de nossas relações, parentes ou não, e dos momentos bons de nossas convivências. Os que partiram antes sentem nosso amor e as lembranças de carinho e afeição

Quando inicia o mês de novembro, começamos a sintonizarmos mais fortemente com eventos de natureza espiritual, por força de uma tradição religiosa de realizarmos as tarefas que nos levam em direção à memória daqueles entes, familiares ou não, que nos antecederam na caminhada para as próximas dimensões.

Muitos são os estudos realizados por entidades religiosas pelo mundo. Cada país com culturas diferentes e vivências seculares de seus povos. Tradições particulares, mesmo aqui na nossa civilização ocidental. Algumas pessoas argumentam que não devemos orar pelos que já partiram, porque ou estão no Céu ou estão no Inferno. E reforçam que o que fizermos de bom ou ruim na última vida aqui está indelevelmente marcado em nossa alma e não há como mudarmos. O que semeamos na vida física está registrado e ponto final.

Um ditado popular nos alerta do seguinte: aqui se faz e aqui se paga.

Estudo o Espiritismo desde 23 de março de 1982. Sei que a oração é uma força energética muito forte, que não conhece distância e que sua energia se espalha por esta dimensão e pelos lugares onde estão pessoas de nossas relações, que nos antecederam na passagem para a vida espiritual. Os que partiram, embora levando o que daqui aprenderam, sentem nossas vibrações, pois sentiam quando estavam no corpo de carne e osso ou encarnados, e continuam sentindo com mais força agora que estão com o corpo espiritual. Está lá na carta de Paulo aos coríntios, em todo o capítulo 15. Mas que lê?

Vamos lembrar, com amor e verdade, das pessoas de nossas relações, parentes ou não, e dos momentos bons de nossas convivências. Os que partiram antes sentem nosso amor e as lembranças de carinho e afeição.

E os que partiram nos odiando? E que desejam com muita força nos envolver no mal? Não existem? Estão em todos os lugares. Mas O Mestre nos ensinou: “Orar pelos que vos odeiam e desejam vosso mal”.

Quando estudo algo em que acredito, dali não saio mais, a não ser que alguém prove que estou equivocado ou que estou indo por um caminho errado. Uma médica caçapavana, uma vez, disse que eu não sou só teimoso, mas “obstinado”. Claro que isso me ajudou, na maioria das vezes, e também me atrapalhou. O que não devemos ser é fanáticos, porque aí só vemos em uma direção, estamos sempre certos e os outros sempre errados. Devemos, com disciplina mental, seguida e fortalecida diariamente, estudar com determinação e discernimento o que, em dado momento, acreditamos e valorizamos mais.

A verdade nossa de hoje, seguidamente, não é a de amanhã. O que acreditávamos cegamente poderá se transformar em uma dúvida e acabar se transformando em descrença. Este assunto é muito complexo, porque se refere às nossas crenças mais profundas. Atualmente, está muito difícil convivermos com as diferentes opiniões e crenças. O grau superlativo da pandemia mundial de ansiedade nos tira muito da pouca paciência que pensamos ter, e bloqueamos muito das nossas conversações diárias, quando nos desequilibramos emocionalmente e, depressa, encerramos as conversas.

Vamos seguir nas vibrações de amor pelos que lembramos e pelo Caminho do Bem.