Benzedeiras
Segundo o médico, pesquisador e diretor da Casa de Cultura, Juarez Teixeira, antigamente, as benzedeiras e as curandeiras eram muito procuradas e tinham grande prestígio
Um dos planos da Casa de Cultura para 2024 é realizar um documentário sobre benzedeiras e curandeiras da região. Ainda existem? Quem são? Estão transmitindo seus conhecimentos às novas gerações?
Segundo o médico, pesquisador e diretor da Casa de Cultura, Juarez Teixeira, em seu livro Parando Rodeio nas Lembranças, antigamente, as benzedeiras e as curandeiras eram muito procuradas e tinham grande prestígio. “Pessoas com vocação de cuidar da vida através da receita de plantas medicinais, usando as mãos que curam, contando com o poder das palavras e acima de tudo com a força da fé. As benzedeiras faziam rezas e benziam fazendo cruzes com pequenos ramos verdes. As curandeiras prescreviam chás e poções feitas de ervas e raízes. Para algumas doenças, como o sapinho (candidíase oral), só a simpatia funcionava. Tinha que benzer”.
Ele lembra que, entre as crianças, especialmente os bebês, era muito comum se dizer que tinham “quebranto” (torpor, cansaço, languidez), atribuído pela crença popular ao mau-olhado. “Para estes casos, as benzeduras eram os tratamentos mais comuns, além das mandingas, como colocar uma figa de ouro atada com fita vermelha no pulso da criança para lhe trazer proteção”.
Queremos contar essas histórias e preservar esses saberes imateriais! Para isso, necessitamos a ajuda dos leitores para encontrar as curandeiras e benzedeiras da região. Quem tiver alguma dica, pode entrar em contato diretamente com a gente, pelo e-mail ccjuarezteixeira@gmail.com, ou pelo WhatsApp (55) 9 9696-1582.
Brique adiado – Em função da previsão de chuva, tivemos de adiar o Brique das Estações – Edição Farroupilha, que ocorreria em 02 de setembro. Se São Pedro colaborar, a feira acontece neste sábado, dia 09, com praticamente todos os expositores.
