A Guerra do Paraguai foi um conflito que aconteceu de 1864 a 1870 e colocou Brasil, Uruguai e Argentina como aliados contra o Paraguai.
O conflito foi causado pelos diferentes interesses que existiam entre as nações platinas na segunda metade do século XIX.
O Brasil entrou na guerra após os paraguaios aprisionarem uma embarcação brasileira — o vapor Marquês de Olinda – em 12 de novembro de 1864. Em dezembro de 1864, o Paraguai invadiu o Mato Grosso, e, em maio, Argentina, Brasil e Uruguai aliaram-se por meio do Tratado da Tríplice Aliança e declaram guerra ao Paraguai.
Em 1865, os movimentos de tropas e combates se intensificaram. Em 05 de agosto deste mesmo ano, os paraguaios invadiram Uruguaiana. As unidades do Exército Brasileiro e da Guarda Nacional aquarteladas na Campanha Riograndense ficam de prontidão.
A Guarda Nacional foi uma força paramilitar organizada no Brasil em agosto de 1831, durante o período regencial, e desmobilizada em setembro de 1922. Recebia armas, cavalos, uniformes e treinamento do Exército e defendia as fronteiras do Brasil. Serviam como unidades de combate de resposta rápida.
Transcreveremos hoje um aviso, escrito pelo Ministro da Guerra, Ângelo Muniz da Silva Ferraz – o futuro Barão de Uruguaiana – para os Comandantes da Guarda Nacional em Cachoeira e Caçapava, onde ele transfere o comando das tropas aquarteladas nas cidades para o Exército Brasileiro.
Esta reorganização de comando fez parte dos planos de retomada de Uruguaiana, que ocorreu após um fulminante ataque da Tríplice Aliança à cidade, que se rendeu em 18 de setembro de 1865.
Esta documentação sugere que militares caçapavanos participaram do encarniçado cerco.
O texto foi transcrito mantendo sua grafia original.
O documento abaixo se encontra salvaguardado no Arquivo Histórico Municipal Nicolau Silveira Abrão.
Gabinete do Ministro da Guerra. – Acampamento nas Pontas de Santa Bárbara em 27 de agosto de 1865. – Para seu conhecimento e execução envio a (?) a copia do aviso que com data de hoje expedi ao Commandante Superior da Guarda Nacional dos municipios da Cachoeira e Caçapava pelo qual verá (?) que o Corpo de reserva sob seu Commando, e que está destacado na Villa de Caçapava, está sujeito as autoridades militares, e a este Ministerio, e não ao mesmo Commando Supeior. – Deos guarde a (?). – Ângelo Muniz da Silva Ferraz – Sr. Commandante do batalhão de reserva destacado em Caçapava.
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