Caçapava do Sul, nossa terra

Como não sou poetiza, abro o espaço aqui a um poeta que ama muito a nossa terra. Mesmo longe da querência, ela sempre foi a inspiração de suas poesias

“Todos cantam sua terra, também vou cantar a minha”

São tantas belezas, tantas, que vou chamá-la rainha.

Esses versos acima são apenas introdução da homenagem que prestamos à nossa terra querida, no mês do seu aniversário. Como não sou poetiza, abro o espaço aqui a um poeta que muito a ama. Mesmo longe da querência, nossa terra sempre foi a inspiração de suas poesias.

Caçapaaba Ybyguaçu

Magno ‘Charrua’

Na coxilha sentinela Guaracy vem do Irapuá,

Na serra do Santa Bárbara se põe longe e devagar;

Aqui nasceu uma tribo, com Cacique e com Pajé,

Restam urnas funerárias, enterradas pela fé;

Minha amada Ybyguaçu, tu és filha de Tupã…

Tuas cacimbas saciam sementes de um amanhã!

Vai! Caçapava vai! Tens ainda o Conselheiro;

Água da Fonte do Mato sempre deixa novo herdeiro;

Vai! Caçapava vai! És clarão na mataria…

O Lanceiro ainda corre e o Cerro te Vigia;

Capital da tentativa de ver livre todo o pago;

Alma farrapa rebrota… nas tardes de um mate amargo;

Tens um Forte construído por forte escravo imperial;

Foi baleado Osvaldo Aranha lá na várzea do Seival;

Vai! Caçapava vai! Velha pousada Charrua,

Tens ainda teus guerreiros; Lança! Rima e alma crua!

Vai! Caçapava vai! Fez-se Pedra teu Segredo;

Terra fértil, produtiva; cerro, coxilha e vargedo;

Hoje exportas subsolo, és capital novamente;

O teu corpo vem parindo canto, cultura e semente;

Tu – Guarda Velha – Guaritas, d’onde longe se espia;

Os teus rios são tuas divisas, tua força a geografia;

Devemos cuidar de ti! Natureza abençoada,

Consequência da ambição teve a chácara queimada…

Vai! Caçapava vai! Tens ainda teus Guerreiros!

Ybyguaçu Sentinela do garrão Sul-Brasileiro;

Vai! Caçapava vai! Ainda corre o Lanceiro…

Aceita este canto xucro deste neto de Guasqueiro.