Na coxilha sentinela Guaracy vem do Irapuá,
Na serra do Santa Bárbara se põe longe e devagar;
Aqui nasceu uma tribo, com Cacique e com Pajé,
Restam urnas funerárias, enterradas pela fé;
Minha amada Ybyguaçu, tu és filha de Tupã…
Tuas cacimbas saciam sementes de um amanhã!
Vai! Caçapava vai! Tens ainda o Conselheiro;
Água da Fonte do Mato sempre deixa novo herdeiro;
Vai! Caçapava vai! És clarão na mataria…
O Lanceiro ainda corre e o Cerro te Vigia;
Capital da tentativa de ver livre todo o pago;
Alma farrapa rebrota… nas tardes de um mate amargo;
Tens um Forte construído por forte escravo imperial;
Foi baleado Osvaldo Aranha lá na várzea do Seival;
Vai! Caçapava vai! Velha pousada Charrua,
Tens ainda teus guerreiros; Lança! Rima e alma crua!
Vai! Caçapava vai! Fez-se Pedra teu Segredo;
Terra fértil, produtiva; cerro, coxilha e vargedo;
Hoje exportas subsolo, és capital novamente;
O teu corpo vem parindo canto, cultura e semente;
Tu – Guarda Velha – Guaritas, d’onde longe se espia;
Os teus rios são tuas divisas, tua força a geografia;
Devemos cuidar de ti! Natureza abençoada,
Consequência da ambição teve a chácara queimada…
Vai! Caçapava vai! Tens ainda teus Guerreiros!
Ybyguaçu Sentinela do garrão Sul-Brasileiro;
Vai! Caçapava vai! Ainda corre o Lanceiro…
Aceita este canto xucro deste neto de Guasqueiro.