O tecnólogo de radiologia Guilherme Oberto Rodrigues, 44 anos, é natural de Porto Alegre, mas cresceu em Caçapava, onde morou dos três aos 16 anos de idade, com toda a família. Filho do médico Sérgio Chaves Rodrigues e de Rosângela Oberto Rodrigues, ambos caçapavanos, Guilherme tem o município como sua cidade do coração.
Ele relata que saiu de Caçapava para concluir o ensino médio e iniciar a vida acadêmica. Formou-se em Porto Alegre e há quatro anos mora em São Paulo. Atuou como tecnólogo em radiologia no Instituto de Cardiologia e no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, por 16 anos. Atualmente é coordenador e docente de cursos de graduação e de pós-graduação na área da Saúde, em São Paulo.
Recentemente, passou a se dedicar ao programa de rádio Educação em Pauta, toda a quinta-feira as 21h. O convite para fazer o programa veio há um mês, após Guilherme ter realizado duas entrevistas na rádio, em que teve a oportunidade de dar orientações à população em relação a exames de diagnóstico por imagem de prevenção. Também falou sobre o preparo da cidade de São Paulo para receber turistas.
“Aceitei o convite para assumir o programa por tratar de assuntos ligados à educação e à cultura. A Rádio Baruk é simples e honesta e atua na mesma linha de pensamento que acredito”, relata o radiologista.
Sobre a sua experiência frente à pandemia de coronavírus, Guilherme conta que no trabalho em hospitais teve a oportunidade de aprender a lidar com bactérias multirresistentes, como Acinetobacter, e com o vírus H1N1. Na época do surto do H1N1, o radiologista estava fazendo um curso em Londres e depois conviveu com o vírus nos hospitais de Porto Alegre. “Aprendi sobre os meios de contágio e as precauções necessárias, assim como ter prudência em relação a estes microrganismos”.
Em relação à Covid-19, Guilherme avalia que faltaram orientação e preparação no Brasil: “Infelizmente não tivemos uma orientação adequada do Governo Federal e as empresas não tiveram as garantias necessárias para se manter durante alguns meses em que deveríamos ter ficado em lockdown, até para ganharmos tempo de equiparmos os hospitais, assim como distribuir máscaras, álcool e orientar a população em relação aos cuidados necessários. As sugestões são seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e acompanhar os estudos e as evidências que estão sendo divulgadas e publicadas em revistas de respeito mundialmente”.
Atualmente o tecnólogo em radiologia não está atuando na área médica, mesmo tendo vasta experiência na assistência de pacientes. Nos últimos quatro anos, tem se dedicado à docência e a pesquisas, mas frequenta hospitais de São Paulo para supervisionar estagiários.
“Gostaria de solicitar às instituições e às pessoas que têm recursos que prossigam as campanhas sociais para arrecadar máscaras, álcool e respiradores para equipar as UTI e também para adquirir os testes para o coronavírus. Quando falo de campanhas e de doações, lembro-me da minha avó Iva Oberto, quando tinha a loja Caçapava Bebê, na rua 15 de Novembro. Todos os anos, no Natal, ela saía para a periferia de Caçapava para distribuir donativos às crianças”, conclui Guilherme.
Para ouvir ao programa acesse:
https://radiobarukfm.com.br/programa/30665/educacao-em-pauta/
Por Iara Menezes