Caçapavano se torna o primeiro doutor na área da olivicultura na América Latina
Guajará Oliveira e sua esposa, Olvânia Basso Oliveira, concluíram o curso de doutorado na Universidad de Jaén, na Espanha, em junho, obtendo nota máxima em suas teses
Eles foram os primeiros a investir na olivicultura no Rio Grande do Sul, em 1996, e os responsáveis por elaborar o primeiro azeite de oliva do Brasil, em fevereiro de 2008, na Chácara Cerro dos Olivais, em Caçapava. E agora se tornaram os primeiros doutores na área na América Latina. O caçapavano Guajará Oliveira e sua esposa, Olvânia Basso Oliveira, concluíram o curso de doutorado na Universidad de Jaén, na Espanha, em junho, obtendo nota máxima em suas teses.
– Como não tínhamos especialistas no tema, fomos buscar conhecimento fora. Já havíamos feito o curso de especialista em Olivicultura e Elaiotecnia, e agora o doutorado no segmento azeite de oliva. Hoje, somos os únicos doutores na área no Brasil e na América Latina, e uns dos poucos existentes no mundo – contou Guajará.
Olvânia é médica nefrologista e, em sua tese, “Utilización de emulsión lipídica intradialítica con aceite de oliva para disminuir el estado inflamatorio de pacientes renales crónicos”, aborda a introdução de emulsão lipídica nas sessões de hemodiálise para diminuir o processo inflamatório que é causado pelo procedimento e, assim, também o sofrimento dos pacientes com as inflamações nas fistulas para a introdução do cateter.
Já a tese de Guajará, “Las importaciones de aceite de oliva de Brasil. Actividades y cambios en el proceso de importación para su racionalización y mejora comercial” trata sobre a exportação e a importação de azeites de oliva. Ele desenvolveu um estudo sobre o mercado brasileiro e o fluxo do produto entre a Europa e o país, propondo melhorias para obter um maior aprofundamento nesse mercado e tornar o processo mais racional, trazendo benefícios tanto para exportadores como para importadores brasileiros e, assim, oferecer azeites de qualidade aos consumidores do país.
Ambas as pesquisas foram desenvolvidas ao longo de cinco anos. Nesse período, também foram publicados artigos científicos em revistas da área da olivicultura e da medicina, reconhecidas internacionalmente. Guajará teve trabalhos aceitos em publicações do Brasil, dos Estados Unidos e da Espanha. Olvânia destaca o aceite de um artigo seu em uma revista médica da Inglaterra, que teve grande repercussão internacional, o que resultou em convites para participar de eventos na Holanda, na França, na Suíça, na Espanha, no Japão e na China.
– Nosso sentimento é de dever cumprido, pois somos, hoje, no Brasil, referência técnica no tema – finalizou Guajará.
