Bah, de novo, aí vem ele, depois de dois anos de ausência pandêmica. Por certo que chegará meio enferrujado, com vergonha de se aparecer. Pedindo chuva para dar uma refrescada nos que não estão nas praias e avisando que, na quinta-feira, recomeçam as aulas para a gurizada e alguns retardatários, que ainda buscam conhecimentos ou ensinamentos nos bancos escolares. Vai ter muita gente meio bêbada nesse retorno tão precoce, porque o mês de iniciar o ano letivo é março, sempre foi.

Engraçado que eles espicham os dias letivos, e cada vez ministram menos horas de aula. Cada aluno, se for interessado, que descubra na internet a solução para os problemas que os professores deveriam ensinar a solucionar. É trabalho e trabalho a domicílio que não acaba mais, em cima de uma teoria muito mal ministrada. Mas também, exceções há, por supuesto.

Se bem me lembro, dizem que foi nos festejos de Momo de 2020 que aquele virusinho chinês se espalhou, contaminando meio mundo na festança que sempre acontece nos quatro cantos do Brasil, na festa do povo. Alguns, fazendo política, até dizem que, se tivessem proibido aquela realização, naquele ano, talvez a coisa não tivesse ficado tão séria conforme ficou.

Bobagem, conversa pra boi dormir. Quem é que iria adivinhar que a pandemia iria se espalhar pelo mundo todo, matando gente em todos os continentes? Só não matou os metanóis e os habitantes das cracolândias: ou o crack previne contra o corona, ou quem é fora da casinha e vive na rua não pega nem gripe, mesmo que passando frio e se alimentando mal. Falar nisso, será que os Yanomamis desnutridos da fronteira da Venezuela pegaram o coronavírus? Hay “cousas” que pouco se explicam nesse mundo velho globalizado pela internet.

Será que a Janja, personagem nacional do momento e que está sendo preparada para ser a próxima candidata a presidenta em 2026, já vai desfilar em algum carro alegórico de escola de samba famosa de São Paulo ou do Rio de Janeiro? Sim, até a Dilma já foi presidenta e agora vai dirigir um banco internacional – dos BRICS, por que que a Janja não poderá vir a sê-lo? Pensem, analisem bem e vejam se eu não teria razão na descoberta. Acompanhem, companheiros…

Foram muito bons os nossos carnavais de salão de Caçapava, do tempo dos blocos, dos concursos de fantasias, de escolha de rainhas bonitas e de muito pular. Ninguém dizia que iria dançar ou brincar no Carnaval, falavam “pular Carnaval”. Gente ingênua aquela de antigamente: ora Carnaval no Clube!!! Ah, e tinha a preparação antes dos bailes, quando os foliões calibravam o enfezo para já chegar animadaços nos salões todos lotados.

Alguma desavença sempre havia entre os alcoolizados, até para dar mais brilho e quebrar a rotina do espetáculo. Não sei por que que as bandas contratadas para animar nossa folia eram sempre formadas por gente com cara, voz e sotaque de alemão, vinham da Quarta Colônia, ao invés de contratar gente de origem africana, que carrega o gingado do samba na alma. Parecia baile de kerb ou festival de chopp, coisa que hoje também já não existe mais.

Neste ano, com governantes novos recém iniciando seus mandatos, o feriado de Carnaval serve para dar uma arrumada nas abóboras, freando um tantinho a pirotecnia que tomou conta das manchetes e dos discursos midiáticos no início do ano: primeiro, aquele fiasco de 08 de janeiro, no quebra tudo de Brasília que, até hoje, um mês depois, ainda ocupa metade do Jornal Nacional e que não vai dar CPI; depois, a tragédia Yanomami, que comove todo mundo, principalmente quem não conhece ou ignora a situação dos índios brasileiros, vivendo seminus, na pobreza e na ignorância extremas desde que Cabral fincou a bandeira portuguesa na Bahia, tipo bicho do mato, o que interessa a muita gente boa e a celebridades mundiais; e, agora, esse flagelo humanitário com a ocorrência dos tremores de terra na Turquia e na Síria. Daqui a pouco, vão tentar criar um território Yanomami autônomo na extensão da reserva deles para poder, aí sim, explorar todas as suas riquezas minerais em “benefício” dos “pobrezinhos” que precisam de tutela internacional.

E dê-lhe desfile e nudez artísticas pelas avenidas nacionais em benefício da cultura e da arte populares. Pelo menos, dá faturamento para o turismo e aumenta a venda de cerveja.