Como estou perante o Natal

Vejo mudanças positivas neste sentido, valorizando atitudes altruístas, com um aumento no número de pessoas se preocupando um pouco mais em diminuir as agruras da fome que entram em muitos lares

Todo ano, após a segunda quinzena de dezembro, sempre estou diante das opções que tenho de comportamento para refletir sobre esta data importante para a nossa civilização ocidental. A sociedade se posiciona para realmente tentar ser um pouco mais feliz no dia 25 de dezembro.

Segundo historiadores, astrônomos e estudiosos de fatos e datas, Jesus não teria nascido em dezembro. Evidentemente, não vou entrar neste cipoal de questões, porque não tenho base científica e nem tempo para isso. Prefiro me concentrar numa frase famosa que percorre o mundo e que deve ser de autoria de algum segmento religioso, sociológico, etc.

A frase com a qual concordo e que dizia nas escolas era mais ou menos assim: “A Humanidade perdeu o endereço de Deus”. Nesta época do ano, preferia me expressar assim: “Nossa sociedade perdeu o endereço de Jesus”. Errou o foco ao escolher qual é o barbudo do Natal, Jesus ou o personagem do refrigerante, que me recuso a citar o nome aqui. Um deles jamais entrou em meu lar, pois meu filho sempre soube quem lhe dava presentes, que era o seu pai, sua mãe, sua avó, seus padrinhos, suas tias ou seus amigos. Ontem mesmo comentei com ele sobre isso.

Algumas pessoas comentam que é bom para as crianças, e até de forma natural, viverem certas fantasias. As fantasias, que podem ou não ser de naturezas boas ou más, a criança elabora e não necessita de imposição de adultos. No tema em questão, muitos alunos comentavam comigo que tinham medo do personagem de vermelho, que usava touca na cabeça.

Em algumas sociedades, as propagandas no comércio, em vitrines de lojas, estampam mensagens positivas e de esperança, com a figura de Jesus. Na Alemanha, uns anos atrás, parte da população decidiu boicotar as lojas que tinham em suas vitrines imagens de personagem em trajes vermelhos e de barba branca. Se prestarmos atenção, veremos que mensagens e imagens natalinas, há alguns anos e em determinadas sociedades, estão mudando, chamando a atenção para uma natureza mais fraterna, solidária e com citações do evangelho, como textos e frases, convidando para sermos mais fraternos e lembrando da Campanha do Natal sem Fome.

Vejo mudanças positivas neste sentido, valorizando atitudes altruístas, com um aumento no número de pessoas se preocupando um pouco mais em diminuir as agruras da fome que entram em muitos lares. Dá para fazermos caridade? Um pouquinho, sempre dá. Alguém comentou comigo que pessoas necessitadas e com muitas carências existem em todos os lugares, e que sempre existiram. Isto é. Mas podemos fazer uma pequena diferença para apenas uma família. Para esta é importante. É a tal andorinha e o fogo na mata.

Não gostar do Natal? Eu sou um que não gosta, como também de meu aniversário. O porquê disso é uma questão complicada. Vamos seguir, então, pelo Caminho do Bem.