Cotrisul estima que quebra na safra do trigo pode chegar a 30%

Previsão de recebimento caiu de 1 milhão para 700 mil sacos do cereal

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Os dias de sol têm sido marcados pelo intenso movimento de caminhões para descarregar trigo nas unidades da Cotrisul, próximas à BR 290, entre os municípios de Caçapava e Cachoeira do Sul. O fluxo é reflexo do esforço feito pelos produtores associados para colher nas janelas de clima favorável.

A cooperativa começou a receber trigo no começo do mês e registrou, até agora, a entrada de aproximadamente 130 mil sacos do produto. Outros 600 mil devem ser recebidos até o final da safra, que, em 2023, se estenderá até meados de novembro.

– O cronograma vai se estender um pouco mais neste ano. Por um lado, o plantio ocorreu mais tarde e, por outro, a chuva tem atrapalhado a colheita – explica o gerente de assistência técnica e insumos da Cotrisul, Fábio Rosso.

De acordo com ele, a qualidade alcançada nesta safra é menor porque o inverno foi marcado por mudanças bruscas de temperatura e poucos dias de frio intenso. Com isso, foram registrados casos de ferrugem, giberela e brusone.

– Mesmo quando se identificou a ferrugem cedo, o controle foi dificultado pela chuva. Não se conseguia entrar na lavoura para fazer a aplicação dos defensivos – detalhou.

Nem todos os produtores sentem o impacto econômico da quebra da safra de trigo da mesma forma. Segundo Rosso, alguns associados negociaram a colheita previamente (os valores variam, chegando a R$ 65,00 em média). A cotação atual é de R$ 55,00 para o saco de 60 quilos.

A Cotrisul tem vendidas 13 mil toneladas de trigo, entre a exportação e o mercado interno – que inclui a fabricação de ração.

Texto: Clarisse de Freitas/Ascom Cotrisul – adaptado