Em 14 dias, ocorreram dois incêndios em residências de Caçapava relacionados ao uso de lareiras. Segundo os registros do Corpo de Bombeiros, o primeiro caso foi em 10 de maio, e o fogo teria começado em uma lareira ecológica. Quando o equipamento foi aceso, houve uma explosão e as chamas se espalharam, atingindo móveis e eletrodomésticos. Ninguém ficou ferido.

O segundo caso ocorreu na madrugada de 24 maio. Os proprietários da casa relataram aos Bombeiros que, antes de irem dormir, apagaram o fogo da lareira à lenha, mas acreditam que alguma brasa tenha ficado acesa e dado início ao incêndio. A casa teve perda quase total. Anexa a ela, na Rua Sete de Setembro, fica uma loja e um depósito, que tiveram perda parcial. Os moradores saíram sem ferimentos.

Ao utilizar lareiras e aquecedores, é preciso atenção e alguns cuidados. Comandante do Corpo de Bombeiros em Caçapava, o tenente Sena explica que, no caso das lareiras ecológicas, elas não podem ser abastecidas quando estão queimando ou com a caloria muito elevada devido ao risco de explosão. Além disso, deve ser utilizado o combustível recomendado pelo fabricante, na quantidade adequada e longe de materiais inflamáveis, como cortinas e sofás.

Quanto às lareiras e aos fogões à lenha, a recomendação é que não se utilize excesso de lenha para não haver sobrecarga da área de queima e não correr o risco de que faíscas e brasas caiam para fora. Também por esse motivo, é aconselhado usar telas metálicas. Além disso, deve-se manter uma distância de no mínimo um metro entre o fogão ou a lareira e os móveis; acompanhar o processo de queima até o fogo e as brasas estarem completamente apagados; e fazer a instalação correta tanto dos fogões e das lareiras como das chaminés, assim como suas limpezas e manutenções.

– A fuligem que se acumula, com o tempo, dependendo da temperatura que atinge, acaba se tornando material combustível também – explicou o tenente Sena.

Também é preciso ter cuidado ao usar aquecedores. Neste caso, os aparelhos devem ser certificados pelo Inmetro; deve-se evitar deixá-los próximos a materiais combustíveis, como sofás, roupas e cortinas; não dormir com o equipamento ligado; e verificar a instalação elétrica da residência.

– Às vezes, a rede elétrica não comporta a potência que o aquecedor exige, o que ocasiona o superaquecimento da rede, e pode causar incêndios – destaca o tenente.

Mas seja qual for a opção que você escolha, uma recomendação se aplica a todas: deixar uma entrada de ar liberada no ambiente, pois o processo de aquecimento consome oxigênio, diminuindo sua concentração no local. Sem a ventilação correta, isso pode ocasionar desmaios e até mesmo óbitos.