Na terça-feira última passada, quando já havia encaminhado via e-mail os escritos da coluna da semana para a Gazeta, tratando de bailes, lembrei que deveria ter escrito sobre esse dia especial e tão significativo: 08 de março, o Dia Internacional da Mulher. Pedi a substituição da matéria por entender o papel desempenhado pelas mulheres na vida de todos nós, homens e mulheres, e por entender que não deveria deixar passar em branco neste espaço tão cativo e de tantas leitoras.
Lembrei dos versos de uma poesia gaúcha que diz: “Homem não é como pasto que nasce de uma semente, eu tive mãe certamente…” Pois é verdade, todo mundo teve, porque nasceu dela, do seu corpo, como se fosse um pedaço daquele sagrado ser gerador. A maioria dos filhos recebeu, ao longo da vida, demonstrações de carinho, de amparo, de preocupação e, por certo, herdou das benditas mães bem mais do que características físicas do seu DNA.
Quando abri a janela do quarto naquele dia, quando pensava na obrigação de escrever sobre as mulheres, uma borboleta amarela cruzou o pátio, voando tranquila, de uma árvore para outra na frente da casa. E quando fui ao banheiro para trocar de roupa, me deparei com um camiseta amarela que havia vestido no dia anterior.
Liguei os fatos como inspiradores para o conteúdo que eu deveria estampar nesta coluninha modesta de todas as sextas. A mulher é uma bela flor amarela que colore o mundo na neutralidade do seu significado de paz e amor. Ela pode ser uma rosa ou uma dália, uma paisagem inteira no tempo de primavera, um calor de sol de verão e um acalento quando os nossos dias se fazem nublados. Uma réstea ou um clarão de luz da cor do ouro que serve para iluminar e aquecer este nosso mundo global e conturbado, mas, na sua maioria, pacífico e amoroso.
Muito se vem falando e defendendo nas mídias em geral o “Empoderamento das Mulheres”, que, aliás, já são poderosas na sua essência, pelo papel social que desempenham. Os preconceitos que ainda existem são estruturais, assim como os de racismo, homofobia, etc. Com o passar do tempo, com o evoluir da civilização e da educação dos povos, eles deixarão de existir naturalmente. Hoje, quanto mais atrasada for uma cultura, mais preconceituosos são os seus integrantes.
Acredito, também, que o fato histórico de ser reservado apenas para as mulheres os afazeres domésticos e a obrigação de cuidar dos filhos e da sua criação seja o principal motivo do desempoderamento público das mulheres. Elas sempre mandaram em casa, o que não é nada fácil, mas pouco apareciam no mundo dos negócio, da política, etc.
Daqui a pouco, vamos precisar lutar pela volta do Empoderamento Masculino.
Salve ELAS, sempre e sempre mais.