Os influenciadores midiáticos só se “criam” porque existe um número infinitamente maior de idiotas para curtir e compartilhar essas bobagens que postam pelo mundo à fora, inclusive em Caçapava
Todo mundo sabe que vivemos nos tempos do politicamente correto, da predominância influenciadora das mídias sociais, das TV’s opinativas e do prestígio das ações das minorias.
Outro dia, li uma postagem assinada por um escritor de renome, afirmando que “só existem dezenas de influencers porque existem milhões de idioters”. Isto é, os influenciadores midiáticos só se “criam” porque existe um número infinitamente maior de idiotas para curtir e compartilhar essas bobagens que postam pelo mundo à fora, inclusive em Caçapava.
O fato é que um influente desses publica uma notícia falsa, hodiernamente dita fake news, e as pessoas sem conhecimentos ou ignorantes ou mal-informadas acreditam e propagam, passando adiante, e a coisa vira uma bola de neve que ninguém mais consegue segurar.
Acontece o mesmo com relação aos suspeitos famosos, que as forças de segurança/justiça apresentam em rede nacional de televisão; mesmo que a inocência daquele exposto seja comprovada ao final do processo legal, quando já não mais será notícia sensacionalista, a maioria incorporou a “verdade” inicial. O cidadão será condenado para todo o sempre.
Talvez seja por isso que existem alguns políticos e empresários locais que conseguem blindar a divulgação de seus processos, sufocando veículos de comunicação com “ameaças” diversas. Outro dia fui ao Fórum, neste último trimestre, e encontrei outros dois ex-prefeitos daqui da nossa paróquia, ainda enrolados com a justiça. E ninguém fica sabendo e, se sabe, não comenta e nem divulga.
Voltemos ao tema principal destas mal traçadas linhas: sempre que me cabe a tarefa de buscar minha filha na saída do Estadual, observo um fato sobejamente comprovado: o grande número de estudantes negros e pardos que cursam o secundário. Lembro muito bem da década de 1960, quando ali integrei a segunda turma do recém-criado Curso Científico. Não havia nenhum aluno negro naquelas turmas.
Este dado tem um interessante significado: os nossos jovens negros, hoje em dia, estão buscando maior conhecimento escolar como instrumento de progressão social, e, até mesmo, refletem a mentalidade e a condição social dos seus pais, que lhes “mandam” estudar porque já sabem que este é o melhor caminho para uma vida melhor. Há condição e mentalidade para este comportamento.
Em 1960, eu vim morar numa pensão na cidade porque meu pai, de pouca instrução, me convenceu que pelo menos um dos seus dois filhos teria “que estudar”. Hoje, essa verdade está universalizada e que bom que se espraiou para todas as classes sociais da nossa população rural e urbana.
Atualmente, até mesmo as máquinas e equipamentos mais tecnológicos empregados nas lavouras e nas fazendas exigem maiores conhecimentos para serem manejadas.