A primeira edição da Feira do Livro sem Fronteiras encerrou na noite de quinta-feira, dia 25, com a palestra de Marcos Piangers. Para Ignácio Lemos, um dos organizadores do evento, o saldo deste primeiro ano foi “muito positivo”.
– Fiquei surpreso. O impacto foi muito maior [do que o esperado]. Decidimos fazer tudo online porque, quando inscrevemos o projeto [em edital para captar recursos via Lei de Incentivo à Cultura], não sabíamos o que ia acontecer em novembro, e não queríamos que houvesse risco da Feira não ocorrer. Eu sabia que seria [uma época de] calor, que as pessoas já não queriam mais saber de live, mas, independente disso, foi um sucesso. O meio cultural está muito feliz pelo que foi a Feira, e principalmente pela valorização dos nossos profissionais aqui de Caçapava – declarou.
Para realizar a Feira com recursos captados via Lei de Incentivo, os organizadores doaram, como contrapartida, mil exemplares de Uma vela acesa descendo a correnteza, de Alcy Cheuiche, a Caçapava e ao Estado, que distribuirá a outros municípios. Como agradecimento, na quarta-feira, dia 24, a comissão organizadora foi homenageada pela Biblioteca Pública do Estado, em Porto Alegre.
Sobre a Feira do Livro sem Fronteiras, Ignácio destaca que todos os envolvidos no projeto, tanto quem trabalhou nos bastidores como as atrações, foram remunerados. Outro motivo que lhe dá orgulho é o fato de que o evento foi traduzido para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
– A responsável pela tradução foi a intérprete Ellen Cristine Prestes Vivian. Uma coisa que nos alegra é que diversos deficientes auditivos estavam entrando em contato com ela para agradecer à produção pela acessibilidade do evento – contou.
Segundo Ignácio, cada participante receberá sua apresentação em vídeo, com vinhetas de abertura e de fechamento, para que possa disponibilizá-la ao público. Enquanto isso, as lives seguem disponíveis para quem quiser ver ou rever nas redes sociais da Feira do Livro sem Fronteiras.
A próxima edição já está sendo preparada. Prevista para novembro de 2022, ela deve ocorrer durante uma semana, na Praça Oswaldo Aranha, e contar com a presença das bancas que participaram neste ano. Também de acordo com Ignácio Lemos, alguns dos livreiros já deram um retorno sobre o evento à comissão organizadora e se disseram impressionados. Três deles confirmaram presença para o próximo ano.
Quanto às atrações para a segunda edição, Ignácio disse que já há uma lista de autores que a comissão organizadora pretende trazer à cidade, e que inclui nomes de escritores conhecidos do público jovem. Como exemplo, ele cita Thalita Rebouças, jornalista carioca que escreve livros direcionados ao público adolescente.
Foto: Agência Publique/Divulgação