Compareci à abertura oficial da primeira Festa do Azeite de Oliva de Caçapava do Sul, ocorrida em 27 de maio próximo passado, no salão de festas do nosso querido Clube União Caçapavana, que é um dos símbolos culturais e históricos da cidade. Fui convidado pelo Gabinete do General Mourão, vice-presidente da República, de quem fui companheiro por dois anos nos bancos escolares da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, RJ, em 1988/89, e quem está em pré-campanha eleitoral 2022 para uma vaga no Senado Federal, pelo Rio Grande do Sul, no dia 02 de outubro próximo vindouro.

Foi um concorrido desfile de autoridades do mundo político: governador, ex-governador, secretários de Estado, deputados, prefeitos da região, vereadores locais, incluindo alguns pré-candidatos “raluscos” que aproveitam oportunidades como esta e que vêm ao interior de quatro em quatro anos para alinhavar algum voto ainda não garantido. A sede do Governo Gaúcho foi transferida para Caçapava neste dia importante para toda região e, principalmente, para os produtores do azeite de oliva.

Foi bem bonito e bem organizado este primeiro ato de divulgação de um produto do nosso chão, ganhando espaços e reconhecimentos no âmbito da campanha gaúcha.

Quando assumi o governo do nosso município, 2008/2012, recebi do José Erli, que foi o prefeito que me antecedeu – e que nem deve ter sido convidado para este evento, pelo menos não estava lá – uma recomendação especial sobre o apoio que a Prefeitura deveria continuar prestando a duas culturas agrícolas que nasciam em nossa terra: oliveiras e eucaliptos.

As oliveiras, que tiveram o Guajará Oliveira – que integra a associação de produtores estaduais – como precursor, buscando conhecimentos na Europa, prosperaram com maior perenidade. Havia, naquela época, um punhado de empreendedores locais que lutavam para bem-adaptar a cultura dos olivais em Caçapava, aprendendo a lidar com a novidade. Estranhamente, fiquei curioso acerca da ausência da Associação dos Olivicultores que, até onde eu sabia, representava os produtores locais em diversos encontros anteriormente ocorridos. Ouvi que cada produtor participou individualmente. Então, foi a FESTA DO AZEITE DE OLIVA de apenas alguns produtores e da Prefeitura, mas não foi da sua associação e nem da sua maioria, talvez da elite produtora, ainda não entendi direito.

Gente recém-embarcada e já sentada na janela desse ônibus apareceu como pioneira da nova cultura. É preciso unir esforços, competências e experiências adquiridas para continuar progredindo no setor, pois tolos são todos aqueles que não aprendem com as experiências alheias.

Parabéns aos envolvidos, organizadores e expositores que construíram tão importante evento, que por certo fará parte, doravante, do calendário de eventos do município, até mesmo quando os anos não forem de eleição. Sugiro, com humildade, agregarem o mel como mais um protagonista desta mostra ou desta festa.