No dia do aniversário da Garatuja, alunos deram um abraço coletivo na escola
Por Tisa de Oliveira
Ela carrega no nome a palavra “infantil”, mas de criança, só mesmo os pequenos que chegam diariamente à escola, radiantes e curiosos com as atividades, que são propostas e planejadas com cuidado e carinho para que os alunos sintam-se estimulados e desenvolvam integralmente a capacidade física, social e cognitiva.
A Escola de Educação Infantil Garatuja está na maturidade. No dia 16, completou 31 anos fazendo parte da história de centenas de famílias caçapavanas e ajudando a construir as memórias afetivas de profissionais da cidade que, hoje, são pais e têm os filhos matriculados lá.
Em março de 1992, a Garatuja abria suas portas. A primeira criança matriculada foi Paulo Regis Mônego Junior, que hoje é pai das alunas Ayla e Celina. Na época, a turma iniciou com cinco alunos, numa classe heterogênea, mas já no final de abril, a procura havia aumentado, e o grupo passara a ser de 13 crianças.
Natércia Poglia, proprietária e diretora, conta que, com o passar do tempo, foi preciso abrir novas turmas. Surgiu, então, o Jardim A, o Jardim B e o Pré. As turmas de Maternal foram criadas em 2002.
“Frequentei a escola em 1997 e 1998, tinha três anos. Minhas memórias remetem ao muro, à chegada à Garatuja. Lembro, ainda, que frequentávamos uma sorveteria na Rua Quinze, em datas comemorativas. Quando chegou a hora de escolher uma escola para o Gonçalo, fomos muito bem recebidos pela Natércia. Ficamos encantados com a estrutura, com as professoras. Já são quatro anos de escola e, agora, tem o Inácio, no Maternal. É um prazer fazer parte da história. Nossos filhos sabem que também estudei lá”, comenta Natália Lobato Moreira, designer de interiores.
No mesmo ano de criação da escola, foi estabelecido o “Dia do Pouso”. A ideia surgiu porque Giovana Tagliari Evangelista, que adorava estar na escola, pediu para dormir nela. A partir daí, este dia se tornou uma tradição.
“Está muito claro na memória. Estávamos todos deitados nos colchões. Teve choro e xixi na cama. A turma era muito boa, somos amigos até hoje. É aquela relação de interior que gostamos. Não importa onde estamos, quando nos encontramos, as lembranças e a inocência de criança vêm à tona”, relata Giovana.
Outro momento muito marcante na vida dos alunos foi a formatura da turma do Pré, em 1994, quando Theodora Cioccari, ao ver as fotos de formatura dos pais, sugeriu que a deles fosse tão bonita quanto aquela, com toga, decoração, cerimonialista e festa. O local escolhido foi a AABB e teve, ainda, homenagens, juramentista e orador.
Assim como Paulo Régis e Natália, o médico veterinário João Paulo Miolo Santos também é ex-aluno da escola e, hoje, pai de alunas da Garatuja.
“Lembro muito bem dos dias na escolinha. Do escorregador interno que tinha; do dia que teve um eclipse solar e estávamos na Garatuja; da apresentação do presépio, em que fui o Menino Jesus; do desfile de 7 de Setembro, que participamos com uma banda da escola; do dia em que pousamos na escola. Teve outro que fizemos churrasco; do dia que toda a turma foi passar a tarde na casa dos meus pais; de ir para a escola de pala e cavalo de pau”, enumera João Paulo.
Ele conta que mantém uma relação de amizade com grande parte dos colegas e conterrâneos, e que sua trajetória junto à Garatuja também influenciou na escolha da escola para sua filhas, Caetana e Rosário.
“Mas se soma a isso o fato das mais de três décadas de funcionamento da escola, do carinho e do profissionalismo da equipe. Penso que, por ter sido aluno, tenho total confiança na qualidade da escola e dos profissionais que lá trabalham. Além disso, tanto a Caetana como a Rosário, apesar da idade, sabem que estudei na Garatuja, e isso, de certa forma, aproxima ainda mais a relação delas com a escola”, confidencia.
A direção sente orgulho em dizer que fez parte da vida de grandes educadoras do nosso município.
“Em nossa escola, todas são valorizadas e têm oportunidade de crescimento. Temos o cuidado de oferecer ensino de qualidade, com profissionais formados e/ou em fase de capacitação”, garante Natércia.
Hoje, a escola oferece turmas de Maternal, Jardim e Pré. A partir de abril, após período de adaptações, os alunos terão aulas de Inglês, com a professora Ana Rafaela Freitas Dotto, e aulas de pilates kids e psicomotricidade, com a professora Jackelaynne Carvalho.
“A maioria dos alunos fica em torno de cinco anos na escola, por isso, a preocupação do amor partilhado, das vivências, experiências e aprendizados para a vida. Afinal o melhor brinquedo para uma criança é outra criança”, reforça a fundadora.
Foto: Garatuja/Divulgação