As pessoas que encontro nestes últimos dias concordam comigo: nunca se viu uma campanha eleitoral para novos governantes tão tumultuada como a de agora, principalmente nas últimas semanas. O episódio Roberto Jefferson reagindo à prisão e ferindo agentes da Polícia Federal – que foram dar-lhe ordem de prisão – foi pra lá de inusitado. E as conseqüências, provavelmente, vão repercutir nas urnas.
Enquanto isso, a Semana de Caçapava, nos seus 191 anos de Emancipação Política, teve felizes comemorações, com o povo reunido e em paz nas praças, feiras de produtos agro-pastoris da região, festivais de música, exposições de artes, oficinas literárias, e muitas coisas mais que mostram a criatividade de nossos conterrâneos e as maneiras encontradas de enfrentar os maus tempos de pandemia e inflação.
Mas a polarização continua cada vez mais forte e agressiva. Parlamentares opostos se agridem publicamente, impedindo as sessões da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. E outros conflitos se estendem pelo país, com os candidatos a presidente tentando novas alianças e percorrendo Nordeste, Sudeste e todas as regiões onde os adversários sobem nos índices, para revertê-los em seu benefício. Dá para notar as fisionomias cansadas dos presidenciáveis nestas jornadas.
Entre nós, acima dessas contendas, há um clima de expectativa sobre a visita de inspeção ao projeto de nosso Geoparque, que acontecerá em novembro. Será aprovado? Estamos na torcida todos juntos, pois os benefícios virão para o nosso querido município com tantas riquezas minerais e belezas naturais que atraem visitantes de todas as paragens.
Observo com otimismo as escolas da cidade recebendo seus alunos e obedecendo aos horários estabelecidos por lei. Tenho a impressão de que diminuíram as brigas entre colegas e o desrespeito aos professores. Não tenho ouvido mais queixas de agressões de mães furiosas que só dão razão aos filhos faltosos.
É como eu penso e me criei defendendo: vamos tratar os outros assim como desejamos que nos tratem. Dessa maneira, não haverá violência e sim o perdão e o respeito às opiniões diferentes das nossas. Que graça teriam os canteiros de só uma qualidade e cor de flores? E um time de futebol não ter adversários à sua altura?
Assim é o bem que se deseja à Pátria amada, não que todos pensem e ajam do mesmo modo, mas que as opiniões se completem e se ajustem para dar o melhor resultado nas medidas que nos levarão à paz social, ao progresso material e ao aprimoramento das nossas virtudes morais e intelectuais.
Que 30 de outubro nos brinde com esse presente tão almejado para os que amam esse querido Brasil, “de montão”, como dizia minha saudosa sobrinha Maria Lúcia quando me abraçava. Desde pequena, ela se mostrou uma fiel defensora da justiça e da paz. Com doze anos de idade, analisava as razões – sem razões – da Guerra do Vietnã e as condenava. O que ela pensaria agora da Guerra na Ucrânia?
Desculpem-me esse desabafo. As lembranças são parte de mim. E as saudades também!
Não esqueçam os documentos para votar. E que Deus nos guie.