Nossa escolhas

Nossa vida tem esses momentos, e todo dia temos que definir nossos propósitos, optar pelos que nos parecem essenciais e deixar de lado os supérfluos. Mas até a hora de decidir-nos sobre quais são eles, quantas dúvidas! E algumas vezes, arrependimentos

Nunca esqueci esta cena: a menininha, na seção de brinquedos do shopping, tinha que escolher o presente que sua madrinha lhe mandara. Segurava na mão a nota de real enviada pela dinda que morava longe. A pobrezinha não parecia feliz; pelo contrário, seu ar era de aflição e medo de errar. Entre a boneca que falava e o bebezão lindo que dava vontade de beijar e fazer dormir! Levar um e deixar o outro, uma dúvida cruel! A mãe tinha pressa, pouco tempo para decidir. Feita a escolha, a caminho da saída, ela ficou olhando para trás e desejando o brinquedo que ficara na prateleira. Havia lágrimas em seus olhos tristes.

Nossa vida tem esses momentos, e todo dia temos que definir nossos propósitos, optar pelos que nos parecem essenciais e deixar de lado os supérfluos. Mas até a hora de decidir-nos sobre quais são eles, quantas dúvidas! E algumas vezes, arrependimentos.

Estamos em ano de eleição. Pois felizmente vivemos numa democracia. Mesmo assim, nosso compromisso de escolher os melhores candidatos torna-se o responsável por tudo que virá depois das eleições. Optamos pelo candidato mais preparado e de acordo com nossos princípios? É uma Loteria!

A reeleição de Putin, na Rússia, para o 5º mandato, depois das atrocidades que vem cometendo de genocídio e invasões de territórios vizinhos, na sua ânsia de poder e destruição, é algo que clama aos céus por misericórdia. Como é que um povo que vive censurado, oprimido e passando fome ainda tem coragem de votar num candidato desses?

Outro paradoxo é a aceitação do famigerado Trump, dos EUA, condenado por múltiplos crimes contra a vida e contra a economia de seu país, agora aclamado por multidões que desejam a sua volta ao poder. Esqueceram a invasão do Capitólio, os escândalos sociais de que ele foi o protagonista, as fraudes financeiras…

Mas, deixando de lado os problemas alheios – que também nos atingem – vamos estudar os caminhos que nos levarão à melhor escolha de nossos candidatos municipais. Independente de partido, mas de acordo com o perfil de cada um, seus princípios morais e políticos e capacidade de administrar ou legislar. Nada de ideologias, nepotismo, fanatismo, mas mentes abertas e lúcidas para decidir o melhor.

Que a onda de progresso que vem chegando ao nosso querido município tenha autoridades capazes de desenvolvê-la para o nosso bem, e seja capaz de redimir nossos jovens sem rumo ou mal direcionados, pela educação e ofícios, e preparar as crianças para um futuro ideal.

Que nosso esforço para a preservação da saúde e do bem-estar social – mantendo nossos pátios e jardins, livres da dengue – seja bem sucedido. E a boa vontade de ajudar a quem precisa seja a nossa escolha especial.