Vivemos numa sociedade onde a desigualdade social aumenta assustadoramente. Muitos são os pobres e necessitados no meio de nós, que clamam por melhores condições de dignidade. Não tem com disfarçar e fazer de conta que eles não existem. Estão no meio de nós, precisando da nossa solidariedade e do nosso amor.

Deus abençoa todos aqueles que ajudam os pobres, e reprova aqueles que se afastam deles. “Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado” (Mt 5, 42). “De graça recebestes, de graça deveis dar” (Mt 10, 18). Jesus Cristo reconhecerá seus eleitos pelo que tiverem feito pelos pobres. Temos o sinal da presença de Cristo quando aos pobres se anuncia a Boa Nova.

O amor da Igreja pelos pobres faz parte da sua constante tradição. Inspira-se sempre no Evangelho das bem-aventuranças, na pobreza de Jesus e em sua atenção aos pobres.

O amor aos pobres é também um dos motivos do dever de trabalhar, para ter o que partilhar com quem tiver necessidade. Não se estende apenas à pobreza material, mas também às numerosas formas de pobreza cultural e religiosa.

O amor aos pobres é incompatível com o amor imoderado pelas riquezas ou o uso egoísta delas. Quando damos aos pobres as coisas indispensáveis, não praticamos com eles grande generosidade pessoal, mas lhes devolvemos o que é deles. Cumprimos um dever de justiça, e não tanto em ato de caridade.

As obras de misericórdia são ações caritativas pelas quais socorremos o próximo em suas necessidades corporais e espirituais. Instruir, aconselhar, consolar, confortar são obras de misericórdia espiritual, como também perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporal consistem, sobretudo, em dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede: moradia aos desabrigados: vestir os maltrapilhos: visitar os doentes e prisioneiros e sepultar os mortos.

Dentre esses gestos de misericórdia, a esmola dada aos pobres é um dos principais testemunhos de caridade fraterna. É também uma prática de justiça que agrada a Deus. Se observarmos com atenção a vida pública de Jesus, vamos perceber o amor que Ele tinha para com os pobres. Pensando bem, os pobres que estão no meio de nós, clamando por justiça e dignidade, são uma oportunidade concreta de amarmos a Deus por meio deles. É Deus que se apresenta a nós maltrapilho e com fome.

No próximo dia 10 de abril, Domingo de Ramos, vamos fazer mais uma vez o TAPETE SOLIDÁRIO, na Igreja Matriz Nossa Senhora de Assunção, onde os fiéis são convidados a fazer um gesto concreto de partilha e solidariedade para com os nossos pobres e necessitados de Caçapava do Sul. Todos os alimentos e agasalhos arrecadados serão destinados às famílias pobres que são atendidas pela Pastoral Social da Paróquia.

Gratidão e reconhecimento à equipe da Pastoral Social, que é coordenada pela Marialva. Gratidão aos colaboradores que partilham mensalmente alimentos e agasalhos com nossos irmãos mais pobres!