Aos poucos, podemos perceber que o Natal se aproxima. Os estabelecimentos comerciais enfeitados, as luzes em frente às casas aparecem, a praça em frente à Matriz iluminada, e os nossos corações cada vez mais tomados pelo clima de Natal.
Na Igreja Matriz, temos o pinheirinho das crianças pobres, onde fiéis adotam uma criança necessitada e a presenteiam no Natal. Também acontece a coleta de alimentos não perecíveis que serão destinados às famílias mais carentes da comunidade.
Tenho certeza de que muitas organizações e também outras Igrejas estão fazendo o mesmo. Tudo isso faz parte do clima do Natal do Senhor. Nossa solidariedade faz com que o menino Jesus renasça no coração de quem recebe e de quem generosamente doa.
Aliás, o próprio Jesus afirmou que é maior a alegria em dar do que em receber. O desejo é que a solidariedade esteja sempre presente em nossa vida. Vivemos interligados, e todos dependemos uns dos outros.
O evangelho do terceiro domingo do Advento, domingo da alegria, nos apresenta João Batista na prisão, e lá ele ouviu falar das obras de Jesus. Por que João está na prisão? Exatamente por ser ousado e fiel à missão de anunciar o Messias!
Na prisão, ouve falar das obras de Jesus e envia alguns discípulos para saber se ele é o Messias esperado. Jesus manda dizer a João: “os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados”. O que apareceu como profecia no texto de Isaías cumpre-se em Jesus, confirmando-o como o Messias, o enviado do Pai. Imaginemos a alegria de João Batista ao saber que seu sonho se tornou realidade.
O Messias veio para aliviar os sofrimentos e curar as feridas do povo. As obras de Jesus promovem a dignidade e a libertação dos enfermos, dos pobres, dos excluídos e até dos considerados impuros da época.
É importante ressaltar que Jesus não faz nenhuma referência a sinais religiosos: cultos, orações, sacrifícios ou doutrinas. Podemos concluir que Jesus cura as feridas do povo. Portanto: cada seguidor de Jesus é convidado a ser um “curador de feridas”.
Quantos irmãos feridos, excluídos, sem as mínimas condições de dignidade em nosso meio. Famintos e sedentos não só do pão material, mas também de Deus. Que esse Natal nos torne mais próximos daqueles que necessitam da nossa solidariedade.