O sinal dos quatro

Sem notícias por 24 horas, à noite, registrou o desaparecimento junto à polícia e, na manhã seguinte, publicou o caso nos jornais. Entretanto, até o momento da visita a Holmes, quase 10 anos depois, não havia recebido nenhuma notícia de seu paradeiro

Nessa novela de Sir Arthur Conan Doyle, o Dr. Watson está preocupado com Sherlock Holmes, que dá indícios de estar viciado em cocaína. Ao conversarem sobre isso, o detetive diz que, quando tiver um novo caso que estimule seu cérebro, deixará de usar a substância. E ele não tem de esperar muito. Pouco tempo depois, a senhoria dos dois amigos aparece e entrega um cartão a Holmes, anunciando que uma moça, Mary Morstan, quer vê-lo.

Mary entra na sala muito nervosa, pois está com um grande problema. Filha de um oficial do exército inglês que servia em um regimento na Índia, fora mandada para a Inglaterra por ele após a morte da mãe. Sem parentes no país, ficara em um colégio interno até os 17 anos.

Na época de sua saída da instituição, sendo seu pai o oficial mais antigo do regimento, ele pode tirar uma licença de um ano para se juntar a ela e, ao chegar a Londres, enviou-lhe um telegrama para que o encontrasse.

Porém, Mary não o achou no hotel em que estava hospedado. Informada de que o pai havia saído na noite anterior e ainda não regressara, ela o aguardou durante um dia inteiro. Sem notícias por 24 horas, à noite, registrou o desaparecimento junto à polícia e, na manhã seguinte, publicou o caso nos jornais. Entretanto, até o momento da visita a Holmes, quase 10 anos depois, não havia recebido nenhuma notícia de seu paradeiro.

Mas duas coisas singulares chamam a atenção nesse caso. Quatro anos após o desaparecimento, alguém publicara um anúncio nos jornais, pedindo o endereço de Mary para tratar de um assunto de seu interesse. Desde que ela respondeu a esse anúncio, todos os anos, recebe uma caixa sem identificação, apenas contendo uma pérola muito valiosa.

E, na manhã do dia em que procura Sherlock e Watson, a moça havia recebido uma carta, marcando um encontro com ela e dizendo que estava sendo lesada. Mas quando Mary, o detetive e o médico vão ao encontro com o remetente, as coisas não saem como nenhum dos quatro espera.

Referência: DOYLE, Arthur Conan. O sinal dos quatro. In.: ______. Sherlock Holmes: obra completa. v. 1. Tradução de Louisa Ibánez. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2017. p.135-246.