Operação Casa Fantasma combate golpe do falso aluguel

Segundo a Polícia Cívil, foram cumpridas ordens judiciais em Bagé, principalmente no interior do Presídio Regional, visto que os principais investigados praticavam o crime de dentro do estabelecimento penal, e em Caçapava do Sul, nas residências de outros integrantes do grupo

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Crédito: PC/Divulgação

A Polícia Civil deflagrou, nessa quinta-feira (04), a Operação Casa Fantasma, que visa o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em desfavor de indivíduos investigados por integrarem grupo criminoso responsável por estelionatos na modalidade de golpe do “falso aluguel”. A ação, foi realizada através da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Segundo a PC, foram cumpridas ordens judiciais em Bagé, principalmente no interior do Presídio Regional, visto que os principais investigados praticavam o crime de dentro do estabelecimento penal, e em Caçapava do Sul, na residências de outros integrantes do grupo.

Ainda conforme informações da PC, as investigações tiveram início entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, quando a Polícia Civil passou a receber diversas ocorrências relatando golpes em que as vítimas, de todo o Estado, referiam ter alugado imóveis no litoral. Após o pagamento de uma parte do aluguel, foram bloqueadas e não conseguiram ter mais contato com os supostos locadores.

Posteriormente, já no verão de 2023/2024, novamente se verificou a prática da mesma modalidade de golpe. Aprofundando as investigações, foi possível concluir que o mesmo grupo, do qual participam pelo menos cinco presos do Presídio Regional de Bagé, era responsável por grande parte dos crimes, nos dois verões seguidos.

A partir de diligências realizadas pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID), foi possível identificar, além dos cinco presos, outros três indivíduos que possuem participação direta ou indireta no esquema, afirma a PC.

De acordo com as investigações PC, os criminosos buscavam contato com as vítimas através de grupos públicos em redes sociais e visavam vítimas que publicavam interesse em imóveis para alugar na alta temporada no litoral. A partir de então, os investigados faziam contato direto com as vítimas e ofereciam imóveis variados, em diversas cidades do litoral gaúcho e catarinense, por um valor abaixo do praticado no mercado.

Para garantir a “locação”, explica a PC, os criminosos enviavam fotos, supostas contas de água e luz do imóvel e chegavam a simular um contrato de aluguel. Para conclusão do negócio, exigiam apenas um “sinal” de 50% do valor acordado. Após o pagamento, em regra, as vítimas já não conseguiam mais contato com os estelionatários.

Os oito mandados cumpridos hoje visam a apreensão de documentos, objetos eletrônicos e celulares que possam corroborar as informações obtidas até o momento pela investigação.

Denúncias e informações podem ser encaminhadas de forma anônima ao Deic através do Disque Denúncia: 0800 510 2828.

Texto: Ascom PC