Vivemos em mundo em que cada vez mais estamos próximos não só dos familiares, mas também de muitas pessoas até desconhecidas. Nossa humanidade caminha a largos passos em direção à urbanização. Cada vez mais pessoas povoando as cidades e, consequentemente, cada vez menos pessoas morando no interior. Quando passamos a ter que conviver com mais e mais pessoas, somos desafiados a exercer nossa paciência, tolerância e até mesmo a misericórdia.
Por falar em misericórdia, sempre me lembro de Jesus, que, além de ser misericordioso, incentivava as pessoas a serem misericordiosas. Em vários episódios da vida pública de Jesus, podemos perceber o quanto Jesus era misericordioso para com as pessoas. Além de ser misericordioso, Jesus deixava claro que gestos de perdão e de misericórdia agradam a Deus e causam grande alegria no coração de quem perdoa e de quem é perdoado.
No evangelho de Lucas 15, 1-32, proposto para a liturgia do próximo domingo, vamos ver que os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus e os mestres da lei, porém, criticavam Jesus por dar atenção aos pecadores e fazer refeições com eles.
Diante da dureza de coração dos mestres da lei, Jesus os ensina, através de parábolas, a ser mais tolerantes e misericordiosos. “Haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.” “Era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado.” “Haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.” Essas três parábolas da misericórdia, contadas por Jesus, questionam toda a atitude hipócrita e arrogante dos que se consideram melhores do que os outros. Como é fácil, sem nos darmos conta, julgar e condenar em vez de corrigir em nós o que de errado vemos nos outros!
Nosso Deus, rico em misericórdia, nos convida a exercermos sempre o perdão e a misericórdia, que enche nosso coração de alegria. Menos hipocrisia e mais misericórdia, pois nos sentimos perdoados por Deus à medida que perdoamos os outros.