Preparando os ninhos
“É a vida que se renova, e a tristeza dos dias de inverno fica para trás”
O Dia da Árvore raiou, anunciando a chegada da Primavera. Pássaros em bandos são os clarins, entoando hinos de boas-vindas. Nas claras manhãs dos últimos dias – com algumas chuvas intercaladas –, eles preparam novos ninhos. Trazem, de longe, gravetos pesados para suas pequenas forças, mas a alegria de projetar sua casinha supera todo o cansaço. Seus trinados insistentes acordam de bom humor até os mais dorminhocos.
Nos canteiros, aquelas flores que pareciam mortas pelas geadas, agora, se abrem com todos os seus matizes. Beija-flores e abelhas se deliciam, bebericando nos cálices mais profundos. É a vida que se renova, e a tristeza dos dias de inverno fica para trás. Crianças e idosos são os que mais vibram com os dias claros, ensolarados e coloridos.
Mas nem tudo são alegrias. Em meio a tantas guerras, injustiças, miséria no mundo, nosso país também sofre com as guerras internas, que estão impedindo que ele cresça e se atualize diante dos progressos das ciências humanas. Que nos ajudem a evoluir como os países de 1º Mundo, em justiça, igualdade, solidariedade.
Ao contrário de nossos propósitos de salvar as riquezas naturais da nação, os selvícolas, os injustiçados e esquecidos da sociedade; de promover o trabalho honesto do assalariado, temos assistido a um espetáculo deprimente de um deputado federal insuflando represálias contra a soberania, a economia e a política do Brasil, por meio de tarifaços de seu “amigo íntimo”, Trump.
E, para salvar-se da cadeia e da cassação de seu mandato, se alia aos golpistas para, na Câmara e no Senado, onde são maioria, salvar os projetos de Anistia e de Blindagem, que nos fariam voltar aos objetivos do ex-governo federal, privilegiar a classe alta, humilhar os pobres, escravizar os trabalhadores e terminar com nossos recursos naturais, através do garimpo, do contrabando, da perseguição às aldeias indígenas e de outras injustiças sociais, que nos levariam de volta aos horrores da Ditadura.
Mas Deus é Pai, e no esplendor do raiar da Primavera/25, nossos ipês enfeitam ruas e praças, onde Movimentos contra a Blindagem e a Anistia são justificadamente realizados. Voltou a Primavera e, com ela, novas esperanças.
