Sou uma cronista do cotidiano. Mais do que fatos, me interessam os sentimentos. E o desejo de que o mundo volte a ser aquele lugar de paz e de fraternidade que vivi na infância. Mas dei uma de repórter – sem o devido preparo – e me dei mal.
O episódio na frente do Clube União que foi “bombar” na Band, eu o assisti pela TV na praia, com familiares. Foram vídeos que me chocaram profundamente por ferirem duas entidades que eu amo e respeito: minha cidade e o centenário Clube de grandes memórias.
Mas o que eu disse na crônica foi minha reação ante as cenas de jovens brigando a socos e pontapés diante do Clube União. Pensei que haviam saído de evento realizado no final de semana no Clube e, equivocadamente, chamei de Domingueira. Este foi meu erro.
A Domingueira das tardes de domingo, como sabemos, é dedicada a pessoas maduras, que não perderam a juventude da alma, mas se alegram de ter aquele ambiente seguro, divertido, onde fazem ou renovam amizades, dançam e ouvem boa música. Ouço seguidamente de meus sobrinhos e amigas que frequentam esse evento o prazer que lhes proporciona, elogiando a organização, o ambiente alegre e respeitoso. Aliás, se me referi aos trajes de praia das meninas, foi uma confusão que fiz com os vídeos de violência que me chegavam, e eu acabei aliando ao mesmo episódio.
Peço a todos que se sentiram ofendidos que releiam com atenção a crônica e observem que, em nenhum momento, critiquei a Domingueira. Pelo contrário, desejei que se livrasse dessa clientela de menos idade e juízo. E a todos que se apressam em julgar e criticar os demais a menor falha que apresentem, peço que se lembrem de que todos erramos. Faz parte da nossa humanidade. E também de como gostariam de ser tratados, caso algum dia cometam um deslize.
Peço desculpas ao Gasparino e à Gazeta por tê-los envolvido em minha falha. Mas, enfim, acredito que tenho crédito nesse importante veículo de comunicação, estando nessa posição de colunista há tantos anos, sem nunca ter errado nenhuma informação.
Um feliz Carnaval para todos, especialmente àqueles que, em vez de chorar e lembrar o passado, vão em frente, à procura de uma alegria saudável que bem merecem.