Minha relação com Uma dobra no tempo começou ao ver o trailer de sua adaptação para o cinema. Me apaixonei pela caracterização dos personagens, pelos mundos que apareciam e, é claro, pela estória. Mas só depois descobri que o filme é baseado no livro de Madeleine L’Engle, publicado em 1962.

Li primeiro a adaptação em quadrinhos, de Hope Larson, lançada pela Darkside em 2018. A estória me envolveu de tal maneira que quis ler também o romance. Pesquisando sobre ele, descobri que é o primeiro de uma série de cinco livros. Ainda não li os outros, mas já estou ansiosa.

Em Uma dobra no tempo, numa noite de temporal, Meg está na cama, sem entender como todos conseguem dormir com tamanha tempestade. Cansada, ela decide ir até a cozinha, onde encontra seu irmão, Charles Wallace, uma criança especial. Não sei se intuitiva seria a melhor forma de descrevê-lo, é mais como se ele tivesse um poder que lhe permite pressentir quando Meg e a Mãe precisam de ajuda.

Logo, a Mãe se junta a eles. As coisas não estão muito bem para a família desde que o Pai desapareceu. Ele é um cientista que trabalha num projeto secreto do governo dos Estados Unidos e, há mais de um ano, não manda notícias, nem as autoridades informam seu paradeiro.

Numa propriedade abandonada, perto da casa de Meg, moram as senhoras Quequeé, Qual e Quem. Durante a tempestade, Quequeé aparece na casa da família e diz à Mãe algo que a assusta. Assim como o Pai, ela é cientista, e certa de que o marido voltará, seguiu suas pesquisas. É sobre elas a revelação que Quequeé lhe faz.

No dia seguinte, Meg e Charles vão à casa abandonada para saber mais sobre o que foi dito à Mãe. Lá, encontram Calvin, um garoto da escola de Meg. Ao perguntarem o que ele faz ali, Calvin responde que simplesmente sentiu que devia ir até aquela casa. Os três são recebidos por Quem, que apenas diz que o Pai precisa de ajuda e que Meg e Charles devem levar Calvin com eles.

À noite, as três senhoras os procuram, pois chegara a hora de cumprirem sua missão: viajar a outros planetas através de dobras no tempo e no espaço para salvar não só o Pai, mas também a Terra de uma sombra maligna que tenta dominá-la.

Uma dobra no tempo é um livro de ficção científica que brinca com as leis da física, tornando possível o que elas dizem ser impossível, ao mesmo tempo em que faz críticas ao comportamento da sociedade. Obviamente, se refere a como as coisas eram na década de 1960, mas podemos ver que, de lá pra cá, muito pouco mudou.

 

Referência:

L’ENGLE, Madeleine. Uma dobra no tempo. Tradução de Érico Assis. 1ed. Rio de Janeiro: HarperCollins, 2017. 240p. (Uma dobra no tempo; 1)