Londres, 2012, Olimpíadas e Paralimpíadas se aproximam. Billy procura o detetive particular Cormoran Strike dizendo que, na infância, havia presenciado o assassinato e o enterro de uma criança. É perceptível que ele tem problemas mentais, então, o detetive o leva a sua sala para tomar seu depoimento e pede à secretária que chame ajuda. Pelo relato de Billy, Strike acredita que ele tenha visto algo que o afetou. Porém, a secretária deixa que o garoto saiba que chamara alguém e ele foge. Preocupado com Billy e com o que possa realmente ter acontecido, o detetive começa a procurá-lo e encontra seu irmão, Jimmy. Mas esse encontro desperta o interesse do ministro da Cultura, Jasper Chiswell. Ele pensa que Strike está investigando Jimmy e oferece pagar ao detetive por qualquer informação que tiver. Mas o que leva um ministro a se interessar por Jimmy? E Billy, ele realmente presenciou um crime? Com a ajuda de sua sócia, Robin Ellacott, Strike tem de cumprir o serviço para o qual foi contratado enquanto investiga o assassinato relatado por Billy e a possibilidade de os casos estarem conectados.

Chantagem, política, traição e assassinatos – sim, no plural – estão em Branco letal, quarto romance de Robert Galbraith – na verdade, J. K. Rowling – sobre o detetive Cormoran Strike. Antes que alguém – como eu – torça o nariz para o nome de Rowling devido a suas opiniões, devo dizer que ela é uma boa escritora. Quando eu ainda estava na graduação, alguns professores diziam que devíamos “matar o autor”, ou seja, esquecer quem ele é na hora de analisar uma obra. Não vou entrar no mérito dessa discussão, se é certo ou errado, necessário ou não fazer isso. Mas, no caso dos livros de Rowling, esqueço que a autora é ela para ler sem preconceitos. E seus livros estão entre os meus favoritos.

Strike e Robin nos são apresentados em O chamado do cuco ao serem contratados para investigar as circunstâncias da morte da modelo Lula Landry, que se acredita ter sido suicídio (será?). Depois, eles retornam em O bicho-da-seda e Vocação para o mal. Todos os livros da série foram adaptados para a televisão pela BBC, originando o seriado “Strike”.

É necessário ler os três primeiros livros para entender Branco letal? Sim e não. Sim, porque os fatos relacionados à vida pessoal dos protagonistas formam uma sequência. E não, porque as narrativas são independentes, apesar de algumas pequenas referências aos casos investigados por eles anteriormente – mas nada que possa complicar o entendimento do leitor. Se eu recomento a leitura dos quatro? Sim! São todos muito bons e indicados àqueles leitores que gostam de mistérios e soluções de crimes. Você consegue descobrir os culpados antes de Strike e Robin?

 

Referência: GALBRAITH, Robert. Branco letal. Tradução: Ryta Vinagre. Rio de Janeiro: Rocco, 2019. 656p.

 

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