Duas jovens amigas que há muito não se veem, Cora e Julia se reencontram em Porto Alegre e partem para uma road trip pelo interior do Rio Grande do Sul. A viagem havia sido planejada quando elas eram colegas de faculdade, mas o tempo afastadas e a forma como se separaram causa estranhamentos. Julia partiu de maneira repentina para Montreal; Cora, agora, vive em Paris; realidades bem diferentes daquelas que encontram no interior do Estado.
As protagonistas de Todos nós adorávamos caubóis passam por cidades de todas as regiões do Rio Grande do Sul, incluindo o distrito de Minas do Camaquã, em Caçapava. Ao mesmo tempo em que conhecem novas pessoas e vivem novas experiências, têm de lidar com o passado. E também com o contraste entre suas realidades, a que vivem no exterior e a que estão vivendo durante a viagem, como quando alguém diz para Cora que as botas Doc Martens que usa são, na verdade, “de homem”.
Esta é a primeira vez que indico uma obra nacional. Esse é um romance contemporâneo publicado em 2013. Não o li por opção, era leitura obrigatória de uma das disciplinas do curso de mestrado. E logo eu, tão avessa a leituras obrigatórias, fui fisgada por essa. Por quê? Não sei exatamente… Talvez o fato de ambientar a narrativa em um espaço não tão explorado. Mas enfim, não sei.
Todos nós adorávamos caubóis é de autoria da porto-alegrense Carol Bensinom. Ela é mestre em Escrita Criativa (PUCRS) e já venceu o Prêmio Jabuti de Melhor Romance com O clube dos jardineiros de fumaça, que também foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. Outro livro seu foi finalista desses dois prêmios: Sinuca embaixo d’água, seu primeiro romance. As obras de Carol Bensimon já foram traduzidas nos Estados Unidos, na Espanha e na Argentina.
Referência: BENSIMON, Carol. Todos nós adorávamos caubóis. 1ed. São Paulo: Comapanhia das Letras, 2013. 192p.
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