Manifestações pró e contra o novo governo já não ocupam a primeira página. Transição é o assunto do momento. A Guerra na Ucrânia também volta às manchetes. Acordos internacionais sobre o clima e medidas para a salvação do Planeta são mais relevantes. Mas a visita de especialistas da UNESCO para avaliar nosso Geoparque é o primeiro passo para que ele seja aprovado, ao lado das Pirâmides do Egito, da Muralha da China e dos cânions dos EUA como Monumento Histórico da Humanidade. E é esse o assunto que empolga os caçapavanos no momento.
Pensar que o esqueleto em que se transformou o tradicional Clube Recreativo 1º de Maio vai ser o Museu do Geoparque é um milagre tão esperado há tantas décadas pela comunidade.
A história do Clube Recreativo, sonhado e realizado pelo líder operário da época, José Fleck, é de lutas e conquistas da classe dos trabalhadores, que tinha muito orgulho dessa obra construída por eles, pedra sobre pedra. Mas, com poucos recursos, não puderam manter o patrimônio, fazer as reformas necessárias.
O Museu do Geoparque será uma homenagem póstuma àqueles bravos operários que o construíram para a recreação de suas famílias. Lembro a figura de José Fleck, que por décadas se negou a negociar o Clube com a Prefeitura e outras entidades para outros fins. Graças à sua resistência a ceder o prédio é que o teremos agora como museu e centro de atividades culturais, educacionais e formativas para as novas gerações.
Espero que a comunidade reconheça o valor do líder operário José Fleck e lhe renda merecida homenagem.